A Comissão Parlamentar de Inquérito das Universidades, instalada no dia 21 de março de 2018, visou investigar possíveis irregularidades na expedição de diplomas, conferindo o grau de ensino superior a estudantes de cursos sequenciais, de graduação e de pós-graduação, desdobrando na verificação do regular funcionamento de instituições de ensino superior no Estado de Goiás.
Com a instalação da 19ª legislatura, na qual o deputado Coronel Adailton, do Progressistas, estreia na carreira política, a Casa achou por bem dar continuidade aos trabalhos, com a eleição de novos membros da CPI. A primeira reunião ocorreu no dia 15 de abril de 2019, objetivando a instalação da CPI e a eleição do presidente, vice-presidente e relator. O deputado progressista foi eleito presidente, tendo o deputado Charles Bento na vice-presidência e o deputado Talles Barreto na relatoria.
Na sua nova fase, a CPI das Universidades realizou cinco reuniões ordinárias, para deliberações dos seus membros e oitivas com proprietários e diretores de instituições de ensino superior ou suas parceiras que, de uma forma ou de outra, pudessem fornecer informações e documentos, para que os deputados instruíssem seus trabalhos, sem prejuízo de todas as atividades desenvolvidas anteriormente.
Segundo deputado Coronel Adailton, no relatório de conclusão, ficou claro que, pelos depoimentos colhidos pela CPI das Universidades, o setor de educação superior no Estado de Goiás encontra-se contaminado por uma série de irregularidades e ilegalidades, que afrontam a segurança jurídica e os direitos de várias partes envolvidas, tais como professores, instituições de ensino superior e, principalmente, os verdadeiros estudantes de cursos superiores, que competem com pessoas desonestas, que nunca frequentaram uma sala de aula e obtiveram diplomas de curso superior.
Para a felicidade do deputado, a Polícia Civil do Estado de Goiás, utilizando dos subsídios fornecidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito das Universidades, da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, deflagrou a Operação Darcy Ribeiro, no dia 03 de setembro de 2019, justamente na véspera do final da CPI, que se encerrou no dia 04 de setembro. A Operação cumpriu 19 mandatos de busca e apreensão nas instituições de ensino e também nas residências dos investigados, quando foram apreendidos 440 mil reais em dinheiro, além de equipamentos e farta documentação, que irão instruir o Poder Judiciário na análise, julgamento e possíveis condenações dos acusados.
Segundo o deputado progressita, “foi uma quebra de paradigma sobre as CPI’s, que, para muitos, sempre termina em pizza. Desta vez foi diferente, pois, foi com base na CPI das Universidades que os fraudadores foram desmascarados e hão de pagar pelos seus crimes”.