Goiânia, 87 anos
Goiânia chega aos 87 anos em pleno desenvolvimento. Fugaz, recebe brasileiros de todas as partes do país. Sejam pessoas quem vêm para morar, trabalhar ou empreender.
Com mais de um milhão e meio de habitantes e a 10ª maior cidade brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não foge à realidade que aflige as principais metrópoles do Brasil: a questão da mobilidade urbana.
E eu abordo este tema porque, além de minha área de atuação (sou responsável pelo transporte diário de 10 milhões de passageiros no estado de São Paulo), é importante dizer que uma mobilidade urbana eficaz é fundamental para a qualidade de vida das pessoas e também para a economia.
Hoje, milhares de pais de família, estudantes e trabalhadores da minha cidade, Goiânia, perdem horas na ida e no retorno do deslocamento de suas casas para o trabalho e escola (exceto agora nesses últimos setes meses em que as escolas estão fechadas por conta da pandemia).
Mas esta é uma realidade e não apenas de quem utiliza o transporte público. Um cidadão que sai de carro da Região Norte de Goiânia para a Central ou Sul também perde boa parte de seu tempo no trajeto em razão de congestionamento, fluxo lento, disputa de espaço, sem contar na imprevisibilidade nas vias.
Ou seja, gasta-se um enorme tempo no trânsito que poderia ser destinado à companhia da família ou a uma atividade de lazer.
Se, por outro lado, somarmos o tempo que os goianienses que dependem do transporte público, por exemplo, gastam no deslocamento e investirmos em trabalho, veremos que essa questão atinge diretamente a economia. Basta trocar as horas perdidas por centenas de pessoas em tempo de trabalho e calcular o impacto.
Goiânia precisa avançar. Para isso, é preciso planejamento e políticas públicas eficazes de mobilidade urbana para a capital e região metropolitana – com atenção ao pedestre, ciclista, motorista e ao usuário do transporte público. Nessa missão, a Prefeitura precisa atuar conjuntamente com o governo federal.
Sempre colaborei de muitas formas com a minha querida Goiânia. Como ministro das Cidades, autorizei a retomada e destinei R$ 250 milhões para as obras do BRT Norte-Sul e R$ 146,8 milhões para as Avenidas T- 63, T-9, T-7, 85, Independência e 24 de Outubro.
Melhorar a mobilidade urbana de Goiânia sempre foi uma de minhas prioridades, fosse como deputado federal, ministro de Estado ou agora como secretário de Transportes Metropolitanos do Governo de São Paulo, sendo responsável por transportar 10 milhões de passageiros diariamente. E seguirei colaborando sempre com os meus conterrâneos, com a minha cidade. Parabéns, Goiânia!
Artigo publicado no Jornal O Popular, em 26/10/2020.