Incerteza de Meirelles e uma possível entrada de Lissauer na disputa movimentam bastidores da pré-campanha
A indecisão do goiano Henrique Meirelles (PSD) a respeito da disputa pela vaga ao Senado sacudiu os bastidores da concorrência pelo cargo em Goiás. A filiação de Lissauer Vieira ao PSD essa semana engrossou esse caldo de incertezas no cenário político goiano, já que, caso a desistência de Meirelles, dada como certa por seus aliados, seja oficializada, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás passaria a ser cotado para preencher indicação da base governista para disputar a cadeira no Senado. Entre os pré-candidatos que já garantiram sua vaga na disputa está Alexandre Baldy, presidente do Progressistas Goiás.
Baldy é presidente do Progressistas Goiás, industrial e político, ele tem 41 anos e é natural de Goiânia. Sua função mais recente foi a de secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, na gestão de João Doria (PSDB), mas já foi deputado federal por Goiás, ministro das Cidades no governo Michel Temer e secretário estadual de Indústria e Comércio de Goiás, no mandato de Marconi Perillo.
Um já declarado adversário de Alexandre Baldy é o deputado federal por Goiás, Delegado Waldir, do União Brasil. Ele tem 59 anos e é natural de Jacarezinho (PR). Em diversas declarações públicas o deputado reafirma sua intenção em disputar uma vaga no Senado.
Até o momento, poucos nomes foram apresentados como certos para pré-candidatos ao Senado. João Campos, por exemplo, deputado federal em seu quinto mandato, chegou a cogitar sua pré-candidatura ao Senado pelo Republicanos. Mas o recente escândalo pela contratação da filha do pastor Gilmar Silva dos Santos, acusado de intermediar a liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC), em troca de propina, minou sua empolgação.
Campos é delegado e considerado um deputado de atuação conservadora, tendo apresentado o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, que pretendia retirar a restrição de psicólogos a debates e tratamentos relacionados à homossexualidade.
Reeleição
Postulante à reeleição, Luiz do Carmo pode ter uma briga interna pela frente no futuro partido. Caso vá para o PSC, disputaria a indicação com Wilder Morais, apoiado por Vitor Hugo, pré-candidato ao governo de Goiás. Wilder era suplente de Demóstenes Torres e assumiu o cargo em 2012, quando o senador foi cassado, mas não conseguiu se reeleger em 2018.
Durante recente passagem por Anápolis, o senador Luiz do Carmo disse que ‘minha vida está praticamente decidida’, em referência a sua ida ao PSC. Ele deixou o MDB em fevereiro e procura uma sigla para se filiar – sendo que o PSC, dirigido pelo irmão dele, Eurípedes do Carmo, é um dos destinos mais prováveis. O senador também manifestou interesse em se reeleger, mas assim como os outros candidatos, ainda não oficializou sua pré-candidatura.