Em uma campanha majoritária, a busca por apoio é um fato recorrente entre os candidatos, ou pré-candidatos. Como é a hora de formar sua rede de suporte de prefeitos e lideranças políticas pelo interior do Estado, dispostos a trabalhar em nome de um projeto político, os postulantes ao Senado usam das armas que têm para conquistar o maior número de simpatizantes.
Nessa dança das cadeiras, vence quem tem mais força política. E dessa vez quem venceu a batalha foi Alexandre Baldy (Progressistas), que conseguiu convencer o prefeito de Campos Belos, Pablo Geovanni (PSD), a garantir publicamente, inclusive em vídeo, caminhar junto com Baldy nessa campanha.
Por si só, o apoio de Geovanni seria apenas mais um no montante de prefeitos e vice-prefeitos arrebanhados pelo pré-candidato progressista. O curioso é que o prefeito de Campos Belos é do mesmo partido de Lissauer Vieira, adversário de Baldy na disputa pela única cadeira disponível este ano no Senado.
Pode ter pesado na conta do prefeito pessedista a força política de Baldy em destinar recursos para os municípios goianos. Só para Campos Belos foram mais de R$ 6 milhões em verbas para investimentos públicos. Esse poder em destravar as verbas é um fator que todo prefeito leva em consideração na hora de escolher seus apoios, pois é com esses recursos que eles conseguem tocar obras, entregar benefícios e assim fazer girar a economia local.
Em conversas com apoiadores, Baldy garante que esse não foi o primeiro prefeito que o procurou acenando um apoio, e nem será o último. Em Catalão, Adib Elias (PMDB) já declarou seu apoio a Baldy. Em Águas Lindas de Goiás foi a vez de Lucas Antonietti (Podemos), garantir essa união. Já em Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB) disse, no mês passado, que Baldy deve ser o nome escolhido para o Senado pelos prefeitos do Entorno do DF. Pábio também preside a Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (Amab).